A festa de S. Sebastião realiza-se anualmente em Safara, normalmente no terceiro fim de semana do mês de Janeiro, ou seja, próximo do dia 20, data dedicado a este santo.
S. Sebastião, foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano. O seu nome deriva do grego sebastós, que significa divino, venerável (que seguia a beatitude da cidade suprema e da glória altíssima).
S. Sebastião foi um dos muitos soldados romanos que pela sua fé em Jesus foi martirizado.
Nasceu em Narbonne, França, no final do seculo III. Desde muito pequeno, os seus pais mudaram-se para Milão, onde cresceu e foi educado. O seu pai era militar e nobre e Sebastião quis seguir a carreira do pai, chegando a ser capitão da primeira corte da guarda pretoriana, um cargo que só se dava a pessoas ilustres e correctas. A sua dedicação à sua carreira mereceu elogios dos seus companheiros e principalmente do imperador Maximiano. Cumpre recordar que o Império Romano, na época, era governado no, oriente por Diocleciano e no ocidente por Maximiano. Maximiano ignorava que Sebastião era um cristão de coração e ainda que, mesmo cumprindo as suas tarefas militares, não tomava parte nos sacrifícios nem nos actos de idolatria. Sempre que podia, visitava os cristãos encarcerados e ajudava os mais fracos, doentes e necessitados. Podia dizer-se que era um soldado dos dois exércitos: o de Cristo e o de Roma.
Maximiano empreendeu uma depuração dos elementos cristãos nos seu exército, expulsando dele todos os cristãos. Cabe dizer que o soldado do exército romano era voluntário. Só era obrigatório servirem nele, os filhos de militares, como era o caso de Sebastião, que haveria de ser denunciado por um soldado. Maximiano sentiu-se traído por Sebastião e rapidamente o chamou e exigiu que renunciasse ao cristianismo.
Perante tal situação, Sebastião comunicou ao imperador que não queria renunciar às suas crenças cristãs e o imperador ordenou a sua morte, através das flechas dos seus arqueiros. Os arqueiros desnudaram-no, levaram-no ao estádio de Palatino, ataram-no a um poste e dispararam sobre ele uma chuva de flechas e abandonaram-no para sangrar até à morte.
Irene (a conhecida Sta. Irene), uma mulher cristã, providencial, que apreciava os conselhos de Sebastião, junto com um grupo de amigos, foram ao local onde estava o santo, e com assombro, comprovaram que o mesmo ainda estava vivo.
Desamarraram-no e Irene escondeu-o na sua própria casa e curou-lhe as feridas.
Passado algum tempo, Sebastião, já curado, quis continuar o seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, com valentia apresentou-se de novo a Maximiano, o qual ficou assombrado.
Maximiano não deu ouvidos aos pedidos de Sebastião para que deixasse de perseguir os cristãos e ordenou aos seus soldados que o açoitassem até a morte.
Após a sua morte, foi enterrado num cemitério subterrâneo sob a Via Ápia. Mais tarde a Igreja construiu na parte posterior da catacumba um templo em honra do santo: A Basílica de São Sebastião que lá existe até hoje e recebe grande romaria dos seus devotos. (Fonte: http://rumosnovos-ghc.blogs.sapo.pt/1643.html)
S. Sebastião foi um dos muitos soldados romanos que pela sua fé em Jesus foi martirizado.
Nasceu em Narbonne, França, no final do seculo III. Desde muito pequeno, os seus pais mudaram-se para Milão, onde cresceu e foi educado. O seu pai era militar e nobre e Sebastião quis seguir a carreira do pai, chegando a ser capitão da primeira corte da guarda pretoriana, um cargo que só se dava a pessoas ilustres e correctas. A sua dedicação à sua carreira mereceu elogios dos seus companheiros e principalmente do imperador Maximiano. Cumpre recordar que o Império Romano, na época, era governado no, oriente por Diocleciano e no ocidente por Maximiano. Maximiano ignorava que Sebastião era um cristão de coração e ainda que, mesmo cumprindo as suas tarefas militares, não tomava parte nos sacrifícios nem nos actos de idolatria. Sempre que podia, visitava os cristãos encarcerados e ajudava os mais fracos, doentes e necessitados. Podia dizer-se que era um soldado dos dois exércitos: o de Cristo e o de Roma.
Maximiano empreendeu uma depuração dos elementos cristãos nos seu exército, expulsando dele todos os cristãos. Cabe dizer que o soldado do exército romano era voluntário. Só era obrigatório servirem nele, os filhos de militares, como era o caso de Sebastião, que haveria de ser denunciado por um soldado. Maximiano sentiu-se traído por Sebastião e rapidamente o chamou e exigiu que renunciasse ao cristianismo.
Perante tal situação, Sebastião comunicou ao imperador que não queria renunciar às suas crenças cristãs e o imperador ordenou a sua morte, através das flechas dos seus arqueiros. Os arqueiros desnudaram-no, levaram-no ao estádio de Palatino, ataram-no a um poste e dispararam sobre ele uma chuva de flechas e abandonaram-no para sangrar até à morte.
Irene (a conhecida Sta. Irene), uma mulher cristã, providencial, que apreciava os conselhos de Sebastião, junto com um grupo de amigos, foram ao local onde estava o santo, e com assombro, comprovaram que o mesmo ainda estava vivo.
Desamarraram-no e Irene escondeu-o na sua própria casa e curou-lhe as feridas.
Passado algum tempo, Sebastião, já curado, quis continuar o seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, com valentia apresentou-se de novo a Maximiano, o qual ficou assombrado.
Maximiano não deu ouvidos aos pedidos de Sebastião para que deixasse de perseguir os cristãos e ordenou aos seus soldados que o açoitassem até a morte.
Após a sua morte, foi enterrado num cemitério subterrâneo sob a Via Ápia. Mais tarde a Igreja construiu na parte posterior da catacumba um templo em honra do santo: A Basílica de São Sebastião que lá existe até hoje e recebe grande romaria dos seus devotos. (Fonte: http://rumosnovos-ghc.blogs.sapo.pt/1643.html)
Em Safara, esta festa é constituída por três elementos/festeiros do sexo masculino. Festa de pequena dimensão, comparada com as restantes desta localidade, é caracterizada por procissões, leilão, largadas e vacadas e eventos musicais. Inicia-se numa 6ª feira e termina domingo à tarde com a entrega de festas.
Uma tradição que se perde no tempo e que tem acompanhado todas as gerações.
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De forma a dar a conhecer esta festa, aqui fica uma breve descrição do que sucede durante a Semana Santa.
Na Páscoa, de dois em dois anos enchem-se as principais ruas da aldeia com rosmaninho e alecrim. Desta forma inicia mais uma semana Santa em Safara, mais conhecida por Festa das Endoenças.
Festa religiosa do qual fazem parte três festeiros e que conta com a ajuda dos irmão da festa, que são antigos festeiros e outros por geração tem funções atribuídas na organização da festa. Desta fazem parte procissões com trajes da época, canta-se em latim (Padeirinha e Três Marias), crucifica-se, sepulta-se e dá-se a ressurreição de Jesus, simulando-se cada um destes passos. Ouvem-se sempre as matracas a anunciar as procissões pelas ruas da aldeia.
A festa começa no domingo anterior com a Procissão dos Ramos em que tradicionalmente são levados ramos de oliveira que por sua vez são benzidos (opas vermelhas).
É feito o tradicional lava-pés a doze idosos simulando a última Ceia de Cristo na 5ª feira (dia anterior à 6ª feira santa). No mesmo dia à noite, realiza-se a procissão do Senhor Preso à Coluna (opas roxas). Ao final da noite o Senhor é "roubado" (o Santo é levado para a Ermida de Santa Ana sem acompanhamento dos fies).
6ª feira Santa é o dia principal desta tradicional festa, dá-se o encontro das duas procissões, a quem vem com o Senhor da Ermida de Santa Ana e a que vem da Igreja Matriz com a mãe de Jesus (Maria), este encontro é feito na Travessa do Calvário e é ai que a Padeirinha canta pela primeira vez. A Procissão segue em direcção à Igreja Matriz onde está representada a crucificação de Jesus, no decorrer da mesma pode-se ouvir o canto da Padeirinha por mais algumas vezes, e por sua vez após a chegada à igreja as três Marias também cantam. e é feito todo o processo resultante da crucificação À noite pode-se assistir à procissão do enterro pelas ruas da localidade, do qual as luzes da aldeia estão todas apagadas, a iluminação existente provém apenas das velas e tochas (opas pretas). De regresso à igreja após a procissão, é realizado o sermão e seguidamente Jesus Cristo é sepultado, ao mesmo tempo que o túmulo é fechado pode-se ouvir o grito de Maria Madalena.
Domingo é feita a última procissão, simbolizando a ressurreição de Jesus Cristo (opas brancas).
Nota: As procissões nocturnas fazem-se acompanhar por bandeiras pintadas a óleo com todos os passos de Jesus até ser crucificado.
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A festa de Santa Ana realizada antigamente em Setembro, passou a realizar-se em Julho, no fim de semana próximo do dia de Santa Ana, ou seja dia 26, no qual também se comemora o dia dos avós, devido a Santa Ana ser a mãe de Maria de Nazaré e Avó de Jesus.
Santa Ana, cujo nome em hebraico significa graça, pertencia à família do sacerdote Aarão e seu marido, São Joaquim, pertencia à família real de Davi.
São Joaquim, homem pio fora censurado pelo sacerdote Rúben por não ter filhos. Mas Santa Ana já era idosa e estéril. Confiando no poder divino, São Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer penitência. Ali um anjo do Senhor lhe apareceu, dizendo que Deus havia ouvido suas preces. Tendo voltado ao lar, algum tempo depois Santa Ana ficou grávida. A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prémio de ter por filha aquela que havia de ser a Mãe de Jesus.
Eram residentes em Jerusalém, ao lado da piscina de Betesda, onde hoje se ergue a Basílica de Santana; e aí, num sábado, 8 de Setembro do ano 20 a.C., nasceu-lhes uma filha que recebeu o nome de Miriam, que em hebraico significa "Senhora da Luz", passado para o latim como Maria. Maria foi oferecida ao Templo de Jerusalém aos três anos, tendo lá permanecido até os doze anos. Talvez devido a esse facto, pensa-se na hipótese de ser o motivo de efectuar a festa em Setembro.
Santa Ana passou a ser considerada padroeira desta localidade, apesar de não ser, devido a grande devoção a esta santa. As gerações mais antigas iniciaram esta devoção devido a promessas e apelos para ajudar na agricultura e que a maioria era atendida.
Constituída por diversos elementos/festeiros, tanto do sexo feminino e masculino. Normalmente era eram três casais, mas nos dias de hoje ocorre consoante a disponibilidade daqueles que fazem questão de fazer a festa.
Esta festa continua a permanecer activa e tudo se faz para continuar.
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Pinha
A Pinha é uma tradição muito antiga na aldeia de Safara.
É composta por um baile, que abrilhanta a noite e enquadra o ambiente festivo; pelos Reis, normalmente e salvo excepções são três Reis e três Rainhas, isto é três pares, que se vestem a rigor na sua noite de Reinado. O salão também é enfeitado de acordo com a ocasião, sempre com muito bom gosto e requinte para aquela ocasião.
Os Reis entram no salão, dirigem-se aos seus tronos e passado algum tempo dirigem-se ao centro do salão para dançar a Valsa, no decorrer desse tempo é necessário arranjar voluntários para o próximo ano, que por vezes não é fácil, uma vez que as tradições tem tendência a acabar. Encontrados seis pares, dirigem-se para o centro do salão onde está pendurada uma pinha com seis fitas em volta, a pinha é girada manualmente e as candidatas a Rainhas puxam uma fita cada, três fitas não possuem inscrição e outras três possuem uma inicial cada, P,S,T, referente a Presidentes, Secretários, Tesoureiros, para tudo é necessário organização, neste caso não é excepção. Encontrados os Reis para o ano seguinte é hora de todos dançarem a Valsa, findo a dança, os Reis actuais e os novos brindam todos os presentes no salão com oferta de licores e bolos para comemorar o evento.
São tradições antigas que precisam continuar, por isso não podemos deixar de colaborar com todos eles, não apenas com a Pinha, mas com todos os eventos da nossa terra.
Vamos fazer com que Safara "renasça" e incutir a todos o espírito de festa, simpatia e alegria que é característico de todos os Safarenses.
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